Copom mantem Selic em 13,75% pela quarta vez
Expectativa agora está voltada para o início do ciclo de queda da taxa

Pela quarta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve a Selic, taxa básica de juros do Brasil, em 13,75% ao ano, mesmo nível desde agosto de 2022. A decisão foi em linha com o esperado pelo mercado. Este é o valor mais elevado para Selic desde novembro de 2016, quando a taxa chegou a 14%.
QUEDA DA SELIC
As expectativas agora estão voltadas para a ata da reunião, que será divulgada na próxima terça, às 8h, e deve sinalizar qual será a política monetária adotada nos próximos meses. A mudança nas expectativas de inflação para este ano e 2024 tem levado a maior parte dos analistas a acreditar que a queda de juros, caso ocorra em 2023, seja iniciada somente no segundo semestre.
“Não estamos falando de deterioração das expectativas apenas para 2023, mas também para 2024, que está no foco das decisões atuais de política monetária. Sempre falamos que expectativa é algo muito relevante para a formação de preços por parte dos agentes econômicos. Nesse sentido, a retórica do Banco Central tende a continuar mais dura”, destaca Robson Pereira, economista chefe da Brasilprev.
A última Pesquisa Focus do Banco Central, que contém projeções feitas pelo mercado financeiro, divulgada no último dia 30, apontou um aumento nas expectativas de inflação para 2023 e 2024. No último dia 23, o relatório já tinha aumentado a previsão da Selic em 2024, de 9,25% para 9,50%. A previsão para este ano é encerrar a taxa em 12,50%.
Além da inflação, Robson destaca que a redução depende de outros fatores internos, como a definição de uma política fiscal sustentável, e externos, como o fim do aumento da taxa de juros nos EUA, esperada para o segundo trimestre.
“Se ambas as premissas se materializarem, e acreditamos que se materializarão, haverá espaço para iniciar a redução da Selic. Mas esse processo deverá ser cauteloso e gradual, a partir do segundo semestre de 2023”, explica.
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