Medo de envelhecer: por que alguns jovens não sentem otimismo para chegar à terceira idade?
Encontrar modelos positivos, desconstruir estigmas e valorizar as etapas da vida pode ajudar a ressignificar o envelhecimento.
Envelhecer é um processo natural e inevitável da vida. Apesar disso, muitos jovens de hoje demonstram um crescente medo desse ciclo. Mas por que essa geração, em particular, parece tão preocupada com o passar do tempo?

Vivemos em uma sociedade que glorifica a juventude e associa beleza, sucesso e relevância à idade jovem. Publicidades, redes sociais e até filmes reforçam a ideia de que ser jovem é o auge da vida, enquanto envelhecer é algo a ser evitado. Essa glorificação cria uma pressão para manter uma aparência e um estilo de vida que não se alinham com o avanço natural da idade.
A geração atual enfrenta um contexto global incerto: mudanças climáticas, instabilidade econômica e transformações rápidas no mercado de trabalho. Para muitos, envelhecer está diretamente relacionado à preocupação de perder oportunidades, sofrer com limitações físicas ou até mesmo enfrentar dificuldades financeiras, principalmente com as redes sociais, que exacerbam a comparação.
Jovens se sentem pressionados a exibir uma vida perfeita, recheada de conquistas e experiências. Quando essas expectativas não são atendidas, o medo de envelhecer e “não ter aproveitado o suficiente” cresce. Essa ansiedade é agravada pela ideia de que envelhecer significa perder relevância em um mundo digital que valoriza novidade e agilidade.
Outro fator é a falta de exemplos de envelhecimento positivo. Embora existam muitos idosos ativos, felizes e realizados, essas histórias raramente ganham espaço no mainstream. O foco, ao invés disso, recai sobre os desafios e limitações que podem vir com a idade, o que reforça uma visão negativa do envelhecimento.
O envelhecimento ainda é repleto de estigmas. Termos como “velho” são usados de maneira pejorativa, associando a ideia a fraqueza, lentidão ou irrelevância. Esses estereótipos afastam os jovens da ideia de envelhecer com plenitude e os levam a temer o que está por vir.
Culturalmente, somos ensinados a perseguir objetivos com um “prazo”: formar-se na faculdade, encontrar um parceiro, ter filhos, atingir um cargo de destaque — tudo isso antes de uma certa idade. Envelhecer sem cumprir esses “prazos” gera ansiedade e o medo de ser considerado fracassado.
Apesar dos desafios, é possível mudar essa perspectiva. Envelhecer traz sabedoria, experiência e novas oportunidades. Envelhecer não é o fim, mas sim uma continuação rica e cheia de possibilidades. O segredo está em acolher cada fase da vida com autenticidade, aprendendo a celebrar as marcas do tempo como reflexo de uma trajetória vivida ao máximo. Afinal, envelhecer é, acima de tudo, um privilégio.
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