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Relatório de Estratégia de Fundos – Setembro

Confira as estratégias adotadas pela Brasilprev para os fundos de Renda Fixa e Multimercado.

O Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,50% para 10,75% ao ano. Apesar da deflação (queda de preços) em agosto, a atividade econômica aquecida e a piora nas expectativas constituem riscos para os preços nos próximos meses. Os bancos centrais tomam suas decisões de juros olhando para as expectativas de inflação. No Brasil, elas estão acima da meta (de 3,0%) para 2024, 2025 e 2026. O Comitê de Política Monetária (Copom) apontou, em seu comunicado divulgado após a elevação da Selic, que novas altas deverão ocorrer para reduzir os riscos de inflação. Olhando para frente, uma atuação mais firme contra os riscos de inflação deverá abrir espaço para uma queda mais acentuada da Selic a partir do segundo semestre de 2025. Fatores como a queda de juros nos EUA e a desaceleração da economia mundial deverão contribuir para esse movimento.

 

 

Leia o Relatório de Estratégia de Fundos e entenda como o mercado financeiro se comportou e as estratégias adotadas pela Brasilprev para cada fundo.

Estratégias Renda Fixa

Clássico

O fundo mantém estratégia conservadora, alocando 100% de seus ativos em pós-fixados, que são boa alternativa neste momento de retomada da alta de juros no Brasil.

Crédito Privado

Devido à queda nos prêmios de risco e ao aumento dos juros, o fundo reduziu a alocação em crédito privado. Em vez disso, o fundo está investindo mais em pós-fixados e ativos de proteção, que se beneficiam com a abertura das curvas de juros. Também aumentou a renda fixa externa, pois acredita-se que ela se beneficiará com os dados fracos da economia americana e os cortes de juros do FED.

FIX

O fundo adotou uma política monetária mais restritiva por causa de dados econômicos fortes e preocupações fiscais, o que deverá causar volatilidade no mercado financeiro. Por isso, reduziu a alocação em investimentos de longo prazo e em empresas brasileiras, que se tornaram menos atrativas. Ao mesmo tempo, aumentou a alocação em investimentos de curto prazo, que agora são mais atraentes graças ao aumento da taxa Selic.

Renda Fixa Plus

No mês passado, o fundo aumentou os investimentos em pós-fixados e em renda fixa como medida de proteção contra a volatilidade do mercado. Também houve aumento dos investimentos em renda fixa estrangeira, pois acredita-se que a economia americana está enfraquecendo e o FED deve continuar cortando as taxas de juros. No entanto, o fundo reduziu os investimentos em ativos prefixados em todos os vencimentos, pois a economia brasileira está se recuperando e a política monetária deve se tornar mais restritiva, o que pode causar mais volatilidade no mercado.

Concept e Estratégia 2025

O fundo mantém uma alocação majoritária em ativos de inflação de curto prazo, que apesar da volatilidade que pode ser gerada nas curvas com a alta da taxa Selic, segue apresentando prêmio atrativo na classe.

Premium Renda Fixa

Em setembro, o fundo reduziu a alocação em investimentos de inflação curta porque a alta da Selic pode aumentar a taxa real e o risco dessa classe. Também vendeu os investimentos em ativos prefixados de longo prazo devido à alta dos juros e à volatilidade do mercado. Ao mesmo tempo, o fundo aumentou os investimentos em pós-fixados, que ainda oferecem boas taxas de juros e têm baixa volatilidade, e os investimentos em renda fixa para se proteger da volatilidade do mercado. Os investimentos em empresas brasileiras foram mantidos, mas acredita-se que elas estão menos atrativas devido à redução dos prêmios de risco.

Ativo Renda Fixa

Em setembro, o fundo investiu mais em pós-fixados e em renda fixa para se proteger da volatilidade do mercado. Por outro lado, reduziu seus investimentos em títulos privados brasileiros porque eles não oferecem uma boa relação entre risco e retorno no momento. Também reduziu seus investimentos em ativos prefixados em todos os vencimentos, devido à possibilidade de uma política monetária mais restritiva no futuro, o que pode causar mais volatilidade no mercado.

Pré ativo

O fundo mantém 100% de suas alocações em ativos prefixados, principalmente os de vencimentos intermediários, devido à percepção de maiores prêmios.

Estratégia 2035

O fundo concentra 100% de seu portfólio em ativos atrelados à inflação de longo prazo. Devido à forte abertura das taxas nesses vértices, esses ativos continuam apresentando atratividade no longo prazo, apesar de entendermos que preocupações em torno do fiscal podem trazer pressões momentâneas.

Crédito Privado Plus

Em setembro, o fundo reduziu o risco da carteira, investindo em empresas com boa qualidade de crédito e vendendo seus investimentos em ativos prefixados, que estavam causando volatilidade. Em vez disso, aumentou seus investimentos em pós-fixados, que oferecem boas taxas de juros e têm baixa volatilidade. Também aumentou seus investimentos em renda fixa para se proteger da volatilidade do mercado. Além disso, aumentou seus investimentos em renda fixa estrangeira, pois acredita que a economia americana está enfraquecendo e que o FED deve continuar cortando as taxas de juros.

Crédito Privado Plus IQ

Em setembro, o fundo reduziu o risco da carteira investindo em empresas com boa qualidade de crédito. Aumentou seus investimentos em pós-fixados, que oferecem boas taxas de juros e têm baixa volatilidade. Também aumentou seus investimentos em renda fixa para se proteger da volatilidade do mercado. Além disso, aumentou seus investimentos em renda fixa estrangeira, pois acredita que a economia americana está enfraquecendo e que o FED deve continuar cortando as taxas de juros.

Ativa Renda Fixa

Neste momento, o mercado precifica sucessivos aumentos de juros nas próximas reuniões do COPOM, com uma Selic terminal entre 12,75% e 13,00% em meados de 2025. No mês de setembro, o fundo BRASILPREV RF ATIVA manteve suas posições estruturais “tomadas” em curvas de juros globais (EUA e Japão) e na parte longa da curva doméstica. Posições táticas para capturar volatilidade e a abertura da curva doméstica compensaram as perdas com o fechamento das curvas globais.

Estratégias Multimercado

Dinâmico

No mês de setembro, o fundo não fez alterações em sua carteira. Ele continua sem investir diretamente em inflação, pois a expectativa é que a alta da taxa Selic aumente a taxa real de juros, o que é arriscado para essa classe de ativos. O fundo mantém a maior parte de seus investimentos em juros pós-fixados, seguido de juros prefixados de curto prazo e renda variável local, com a mesma porcentagem. Ele também investe em crédito privado local e externo, mas em menor quantidade, e tem exposições menores em juros prefixados de longo prazo e renda variável internacional.

Multi Especial

Durante o mês de setembro, o fundo reduziu significativamente sua exposição em crédito privado local. Ele continua alocando seus recursos por meio de estratégias quantitativas. Em relação à renda variável no Brasil, houve uma pequena redução na alocação para investimentos em juros pós-fixados. No entanto, as outras posições em juros pós-fixados, inflação longa e juros prefixados de longo prazo foram mantidas.

Long Bias Plus

No mês de setembro, o fundo não fez alterações em sua carteira. Ele continua com a maior parte de seus investimentos em renda variável local, seguido por juros pós-fixados. Ele ainda mantém uma pequena porcentagem de seus investimentos em juros prefixados de longo prazo.

Private Long Bias II

No mês de setembro, o fundo não fez movimentações em sua carteira. Ele continua com a maior exposição em juros pós-fixados, aproveitando o cenário atual de expectativa de novas altas da taxa básica de juros. A segunda maior posição do fundo está em renda variável local, seguida de juros prefixados de longo prazo.

Ciclo 2020

Em setembro, o fundo fez algumas alterações pontuais em sua carteira. A parcela que estava alocada em juros prefixados de curto prazo foi zerada devido à elevação da taxa básica de juros, a Selic. O fundo também reduziu uma pequena porcentagem de sua exposição em títulos de crédito privado local. Essas porcentagens foram realocadas entre juros prefixados de longo prazo e, em sua maioria, direcionadas para juros pós-fixados. Esta última ainda é a maior alocação do fundo, seguida por uma parcela expressiva em inflação de curto prazo. Não há ativos de renda variável, já que a data-alvo da estratégia foi atingida.

Ciclo 2030

O fundo manteve a alocação do mês anterior. Atualmente, ele tem uma porcentagem expressiva em inflação de curto prazo, seguida por uma porcentagem relevante em renda variável local e uma parcela importante em juros pós-fixados, seguida por inflação de longo prazo. Ele também manteve uma pequena alocação em juros prefixados de prazo curto e longo. Não houve alterações nas posições de crédito privado local e externo e renda variável externa.

Ciclo 2040

O fundo manteve a alocação do mês anterior. Hoje, temos percentuais expressivos em renda variável local, seguidos por um percentual relevante em inflação longa e uma parcela importante também em inflação curta, seguidos de juros pós-fixados. O fundo manteve a pequena alocação em prefixados de prazo curto e longo. Também não houve alteração quanto às posições de crédito privado local e externa e renda variável externa.

Ciclo 2050

A maior parte da alocação do mês anterior foi mantida, com exceção de uma pequena redução na exposição em renda variável externa. Esse percentual foi realocado para aumentar a exposição em crédito privado externo. A maior alocação continua em renda variável local, seguida por uma porcentagem relevante em inflação de longo prazo. Ele ainda mantém uma porcentagem de exposição em renda variável externa. Não houve alterações nas posições de crédito privado local e externo e juros pós-fixados.

Allocation

No mês de setembro, o fundo reduziu uma pequena porcentagem na parcela de juros pós-fixados e aumentou um pouco a exposição em juros prefixados de longo prazo e em renda variável local. A parcela pós-fixada ainda é a maior exposição do fundo, seguida por crédito privado local e investimentos no exterior. Ele mantém uma pequena porcentagem em inflação de curto prazo e em crédito privado externo, assim como em juros prefixados de curto prazo e uma parcela em renda variável internacional.

Allocation Plus

Durante o mês de setembro, o fundo fez apenas uma movimentação, reduzindo uma pequena porcentagem da parcela pós-fixada para aumentar um pouco a exposição em renda variável local. Ele ainda tem a maior alocação em juros pós-fixados, seguida por estratégias internacionais. Também mantém uma parcela em renda variável local e externa, bem como em crédito privado local e externo e juros prefixados de longo prazo. Ele manteve uma pequena alocação em inflação de curto e longo prazo.

Allocation Advanced

No último mês, o fundo reduziu uma pequena porcentagem em juros pós-fixados e aumentou a alocação em renda variável local. Ele ainda tem uma composição mais expressiva em estratégias de alocação externa, seguida por juros pós-fixados. Ele também tem uma porcentagem importante em renda variável local, crédito privado no Brasil, juros prefixados de longo prazo e renda variável internacional. O fundo ainda conta com alocações menores em juros prefixados de curto prazo, crédito privado externo e títulos de inflação de curto e longo prazo.

Low Vol

O fundo manteve a alocação do último mês. Desta forma, a alocação atual está dividida entre estratégias internacionais, sendo essa a maior parte da exposição, seguida por juros pós-fixados e crédito privado local. Apresenta uma pequena parcela de inflação de vértice mais longo.

Private Low Vol

No mês de setembro, o fundo fez pequenas alterações. Manteve investimentos em juros pós-fixados, crédito privado externo, renda variável local e externa, além de estratégias de renda fixa internacional. A exposição em estratégias externas segue sendo a parcela mais expressiva do fundo.

Dividendos

O fundo fez pequenas alterações em sua composição. Ele ainda tem a maior alocação em renda variável no Brasil, seguida por juros pós-fixados. Ele mantém uma porcentagem de alocação em juros prefixados de vértices mais curtos. No entanto, ele não possui mais exposição em juros prefixados de longo prazo e crédito privado local.

Premium Multimercado

Durante o mês de setembro, o fundo zerou a exposição em crédito privado local e aumentou a exposição em crédito privado externo. Ele reduziu de forma expressiva a exposição em juros prefixados de longo prazo e em renda variável externa e aumentou a alocação em juros pós-fixados. Ele manteve as posições em estratégia internacional e renda variável local.

Multiestratégia

O fundo zerou sua exposição em crédito privado local e reduziu a exposição em juros prefixados mais longos. Esses percentuais foram realocados para renda variável local e, em sua maioria, para juros pós-fixados. O fundo segue mantendo uma maior alocação em juros pós-fixados, seguido por renda variável no Brasil. Ele também manteve alocações em juros prefixados de curto e longo prazo, crédito privado externo e uma pequena exposição em inflação mais longa.

Valor 70

Durante o mês de setembro, o fundo não fez nenhuma alteração. Mantém alocação majoritária em Renda variável no Brasil, seguida de renda variável externa, juros prefixados e crédito privado externo.

ASG

Os principais índices acionários fecharam o mês de setembro em forte queda, interrompendo a sequência de três meses consecutivos de ganhos que levou a bolsa brasileira a patamares recordes no final de agosto. O resultado negativo do mercado de ações refletiu a preocupação com a situação fiscal, a inflação resistente e os juros em elevação. Ao final do mês, o Copom surpreendeu o mercado com um tom mais duro na sua última reunião, elevando a Selic para 10,75% ao ano. Apesar da queda expressiva do mercado de ações, os papéis da carteira mostraram maior resiliência e contribuíram para o fechamento estável do fundo no mês, especialmente CBA, beneficiada pela performance positiva do setor siderúrgico. Desde a implementação da nova carteira do fundo, revisada na virada do ano com base na metodologia dos critérios ESG, avaliamos positivamente a performance dos ativos relativamente ao índice de referência. A seguir, apresentamos o resumo da alocação por segmento setorial com base no universo de ações que compõem o atual índice de referência (benchmark) do fundo (S&P/B3 ESG BRAZIL ÍNDEX).

Valor

Em setembro, o desempenho dos fatores brasileiros ficou novamente aquém dos internacionais, principalmente dos seus pares emergentes. No entanto, Qualidade e Baixa Volatilidade se destacaram, o que faz sentido devido ao caráter defensivo, mostrando uma aversão no mercado doméstico e a fuga de capital estrangeiro, mesmo com o início de corte de juros nos EUA e o aumento do diferencial de juros com a elevação da SELIC. A piora da percepção fiscal por parte dos investidores acabou predominando sobre as demais notícias positivas do período. O fator Valor ficou um pouco atrás do Ibovespa devido a uma maior exposição ao dólar e a ações de commodities que realizaram com maior intensidade, como petróleo e frigoríficos. Do lado positivo, destaque para o setor de mineração e siderurgia que reagiu após notícias de incentivos na China, o que puxou a cotação do minério.

Retorno Total

Em setembro, o Ibovespa registrou uma queda de 3,08%, encerrando o mês aos 131.816,44 pontos. Esse desempenho foi o pior entre os principais índices acionários globais no período. Os principais fatores que influenciaram a performance foram o setor de varejo, com empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Assaí (ASAI3) registrando quedas significativas. Os setores de commodities e financeiro, que têm grande peso no índice, também tiveram desempenho fraco. Entre as maiores altas destacaram-se os setores de mineração & siderurgia e o setor de telecom. Houve uma saída de capital estrangeiro, com investidores retirando R$ 1 bilhão do mercado. A inflação persistente e a expectativa de manutenção de taxas de juros elevadas afetaram negativamente o mercado. As incertezas políticas, especialmente relacionadas às reformas econômicas e fiscais, também contribuíram para a volatilidade do mercado.

Brasilprev Multigestor I

No mês de setembro, o fundo Brasilprev Multigestor I obteve um retorno de 1,26%, contra 0,83% do CDI e 1,08% do IHFA. Os destaques foram os fundos Kapitalo K10 e Legacy, com uma contribuição de 24bps cada. Apenas o fundo Clave Flex obteve retorno negativo.

Brasilprev Multigestor Plus

No mês de setembro, o fundo Brasilprev Multigestor Plus obteve um retorno de 0,96%, contra 0,83% do CDI e 1,08% do IHFA. Os destaques foram os fundos Legacy, com uma contribuição de 30bps, e Kapitalo K10 com uma contribuição de 21 bps. Apenas os fundos SPX LB e Kadima TR apresentaram retorno negativo.

Brasilprev Multigestor Crédito Privado

No mês de setembro, continuamos observando uma forte captação por parte dos fundos de crédito privado da indústria. Apesar disso, os spreads de crédito medidos pelo IDA-DI ficaram estáveis depois de um longo período de queda, encerrando o mês no mesmo patamar de agosto (1,37%). Contribuiu para essa estabilidade uma maior oferta de emissões no mercado primário. Dentre diversos setores, o de agronegócio tem gerado maior preocupação depois do pedido de recuperação judicial da Agrogalaxy, que afetou de maneira significativa parte dos FIAGROs da indústria, mas sem maiores repercussões nos demais fundos de crédito.

No mês de setembro, o Brasilprev Multigestor Crédito Privado obteve um retorno de 0,92%, contra 0,83% do CDI. No mês, todos os fundos performaram acima do CDI. Os destaques positivos da carteira foram os fundos Ibiúna Credit FIFE, com um retorno de 1,05% no mês (contribuição de +11bps), e os fundos Brasilprev Itaú Sinfonia e JGP Equilíbrio Prev, com um retorno de 1,01% no mês (contribuições de +0,11% e +13bps, respectivamente).

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