Geração Sanduíche: O Que É E Os Principais Desafios
Você sabe o que é a geração sanduíche? Esse grupo de pessoas é marcado por ter que cuidar dos filhos e dos pais ao mesmo tempo. Saiba mais sobre ele e quais são os seus desafios!
A evolução da sociedade brasileira nas últimas décadas, com a melhoria das condições gerais de vida, ampliação no acesso à saúde e o consumo de itens essenciais, por exemplo, promoveu importantes mudanças demográficas no país. Entre elas, a coexistência de diferentes gerações em um mesmo momento histórico, sendo muito comum encontrar pessoas que se dividem entre os cuidados com os pais e com os filhos. Esse grupo é o que se chama de geração sanduíche.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil subiu de 76,6, em 2019, para 76,8 anos, em 2020. Isso, somado ao fato de que cada vez mais pessoas têm preferido formar uma família tardiamente, são elementos que explicam a existência dessa população.
Além das demandas profissionais e pessoais do dia a dia que precisam lidar, essas pessoas ainda necessitam de uma boa organização financeira para enfrentar todos as dificuldades do seu tempo.
Quais são as gerações atuais?
Todo tempo histórico é marcado por acontecimentos culturais, sociais, econômicos e políticos que acabam influenciando a visão de mundo, a forma de pensar, agir e se relacionar das pessoas que nascem e crescem em épocas distintas. Ou seja, cada época produz um contexto próprio que influencia todo um grupo de pessoas.
É essa a lógica por trás da divisão geracional, que é uma forma de separar a população a partir do ano de nascimento. Esse modo de “organizar” a população entende, por exemplo, que adultos nascidos em décadas distintas tendem a pensar e agir de maneiras diferentes também.
Não há um consenso sobre a forma como as gerações são divididas e nem sobre quando uma começa e outra termina. Mas, hoje, é possível organizar esses grupos em cinco categorias:
• baby boomers (1946-1964);
• geração X (1965-1980);
• geração Y ou millennial (1981-1996);
• geração Z (1997-2010);
• geração alfa, formada por aqueles que nasceram a partir de 2010.
O grupo “sanduíche” seria formado por parte das gerações Y e X, compreendendo, assim, indivíduos entre 40 e 60 anos. Dessa maneira, pensando na lógica desse quitute, essas pessoas seriam o recheio, a sua base seriam os baby boomers (pessoas com 58 anos ou mais) e sua cobertura formada por parte dos millennials e pelas gerações Z e alfa.
O que é e qual a origem da expressão ‘geração sanduíche’?
Em 1981, as assistentes sociais Dorothy Miller e Elaine Brody cunharam a expressão ‘geração sanduíche’ para descrever pessoas adultas que estão divididas entre os cuidados e responsabilidades com os próprios filhos e seus pais que, a partir de uma certa idade, também passavam a demandar alguns cuidados.
Basicamente, a pessoa que faz parte desse grupo, além de suas próprias responsabilidades com o trabalho e agenda pessoal, ainda precisa se responsabilizar pela alimentação, transporte, assistência médica e limpeza da casa para os seus dependentes.
Esta condição atinge cada dia mais pessoas, na sua maioria mulheres entre 50 e 70 anos, que acumulam as funções de chefes de família.
O avanço no número de indivíduos nessa condição se deve a mudanças demográficas importantes que ocorreram no Brasil ao longo dos últimos anos, dentre elas, o aumento da longevidade da população. Outro fator importante também é a decisão que muitos pais têm de terem filhos cada vez mais tarde.
Essa característica atual da população aumenta ainda mais a chance de um grupo significativo de adultos viverem um cenário que demanda deles um cuidado com seus filhos e pais/avós dependentes.
Os desafios da geração sanduíche
Com o que já foi exposto até aqui, você já deve ter percebido o tamanho do desafio da geração sanduíche. Isso, se você mesmo não faz parte desta dela e sente na pele o quão difícil é dar conta de tanta obrigação ao mesmo tempo.
Não é fácil equilibrar a vida pessoal e profissional quando há a tarefa de cuidar de filhos em idade escolar, ou que ainda são dependentes, e dar suporte aos pais na velhice.
Isso é algo que tem aspectos positivos e negativos. Entre os aspectos positivos, há aqueles relacionados a aprendizados para a vida, do desenvolvimento de uma cultura do cuidado e da solidariedade, e de poder retribuir o amor e carinho a um ente que agora precisa dessa atenção.
Entre os aspectos negativos, estão aqueles relacionados à ansiedade, estresse e depressão. Somado a isso ainda há a questão financeira, que pode se tornar uma dor de cabeça!
A série Longevidade em Ação promoveu um debate especial sobre a Geração Sanduíche, com as presenças da presidente da Brasilprev, Ângela Assis, a dra. Cybelle Diniz, geriatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Vera Caovilla, cofundadora da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).
No painel sobre a geração sanduíche, o aspecto do planejamento financeiro ganhou especial atenção, resultando em informações importantes para quem se encontra nessa fase da vida. “Em algum momento das nossas vidas nós vamos cuidar ou seremos cuidadas”, lembrou Ângela Assis.
Confira a conversa na íntegra:
https://www.youtube.com/watch?v=gwO3Jt62YrE&feature=youtu.be
Geração sanduíche e a necessidade de planejamento financeiro
Além de lidar com a gestão da vida pessoal e profissional, essa geração precisa se planejar financeiramente. E, se puder, é melhor fazer isso o quanto antes.
Um planejamento de longo prazo permite diluir ao longo do tempo o empenho para alcançar recursos para essa jornada que é cuidar de pais e filhos ao mesmo tempo.
Além disso, o planejamento financeiro vai ajudar a própria pessoa que está no grupo sanduíche a ter uma velhice mais confortável financeiramente falando. Então, que tal começar a se planejar agora mesmo? Aproveite e confira 5 dicas para organizar as suas finanças pessoais.
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