Riscos de ilusão cognitiva — como afetam as suas decisões financeiras?
Entenda, neste artigo, o que são riscos de ilusão cognitiva, porque você corre esse perigo e como evitar os enganos dessa forma de pensar.
As nossas decisões financeiras, na maior parte das vezes, não são racionais. A Teoria Comportamental já mostrou que somos influenciados por diversos fatores ligados à emoção e à socialização, o que eleva potencialmente os nossos riscos de ilusão cognitiva.
Neste artigo, entenda mais sobre o assunto e saiba como evitar esses enganos comuns!
O que é uma ilusão cognitiva?
As ilusões cognitivas são certezas que nós criamos e acreditamos com base no nosso conhecimento de mundo, mas que nem sempre são verdadeiras.
Um bom exemplo disso é a figura abaixo. Qual das três linhas você diria que é a maior?
Se você pensou na do meio — ou em qualquer outra —, a resposta está errada. Todas têm o mesmo tamanho e você pode comprovar isso com a ajuda de uma régua.
Esse é um teste de ilusão de ótica muito famoso que foi desenvolvido pelo médico psiquiatra alemão Franz Müller-Lyer, em 1889.
Mas porque isso acontece?
Como acontece uma ilusão cognitiva?
Vamos continuar usando o exemplo acima.
Quando te perguntamos sobre o tamanho das linhas, você poderia, já de início, ter recorrido a uma régua e medido os centímetros para obter a resposta certa. Mas porque não fez isso?
Essa opção te demandaria muito esforço. Você provavelmente, teria que sair de onde está agora, procurar o objeto para fazer a medição, que, com certeza, não estaria aí do seu lado no momento… Parece muito trabalho para uma coisa descomplicada, não é?
É exatamente assim que o nosso cérebro age o tempo todo, mas de forma inconsciente. Ele está sempre procurando formas de “economizar” energia. Por este motivo, nossa cabeça procura “atalhos” — também conhecidos como heurísticas —, a fim de facilitar as nossas escolhas.
Porém, como você já viu, nem sempre essas simplificações estão corretas, e, por vezes, distorcem a realidade objetiva. Esses atalhos errados são chamados de vieses e consistem em erros de julgamento causados pela descomplexação extrema.
Esse é o grande risco da ilusão cognitiva, que reflete em decisões simples, mas também naquelas mais complexas, como definir a sua carteira de investimentos.
Quais são os riscos da ilusão cognitiva nas decisões financeiras?
Nosso cérebro processa as informações à nossa volta em etapas. A cada fase, mais dados são adicionados à nossa mente, até chegarmos a uma conclusão.
Nesse processo, a memória também é incluída, e trazemos lembranças e registros para fazer parte dessa “codificação das informações”. Além disso, há a contextualização dos estímulos processados pelos nossos sentidos, a análise de dados e uma interpretação mais complexa das informações.
Depois de todos esses estágios, que acontecem de forma muito rápida, chegamos a uma conclusão e elaboramos uma resposta.
Nesse movimento de perceber o contexto, avaliar as informações e fazer uma escolha, distorcemos e completamos a realidade com lembranças subjetivas para chegar a uma conclusão. Esse é o recurso que usamos para tomar decisões rápidas.
O problema é que acabamos nos precipitando e, muitas vezes, deixamos de lado informações bem importantes. Como resultado disso, nossas decisões financeiras ficam simplórias e imediatistas.
Quer ver um exemplo de como isso acontece no mercado financeiro?
Excesso de confiança: um dos maiores riscos de ilusão cognitiva dos investidores
O excesso de confiança — ou a ilusão de controle — é um viés muito comum das pessoas que fazem aplicações no mercado financeiro. Neste caso, eles acreditam que o conhecimento que possuem é suficiente e superestimam o poder que têm sobre as consequências das suas ações.
Convictos de sua certeza, tendem a acreditar no primeiro instinto, sem olhar outras possibilidades. E, ainda que pesquisem, sentem dificuldade em aceitar a realidade, porque não conseguem imaginar que podem estar errados diante de uma escolha que lhes pareceu tão simples ou óbvia.
Como fugir dos riscos de ilusão cognitiva?
O primeiro passo para não cair nos riscos da ilusão cognitiva, sem dúvidas, é saber que eles existem e que você está muito propenso a cair nessas armadilhas. Tendo isso em mente, na hora de tomar uma decisão, você conseguirá saber de onde elas vieram. Mas, para isso, é preciso ter calma.
Por este motivo, o nosso conselho é: não se apresse para fazer escolhas financeiras.
Sempre desconfie das primeiras ideias que surgirem à sua cabeça, tente descobrir as origens desses pensamentos iniciais e avalie em quais informações e fatos você está se apoiando para chegar àquela conclusão.
Além disso, quando o assunto for investimentos, profissionais do mercado, como os especialistas da Brasilprev, sempre podem te ajudar a tirar dúvidas e trazer um olhar mais aprimorado sobre essa questão.
Saiba mais sobre como funciona a consultoria de investimentos e a carteira sugerida da Brasilprev.
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