Blog Brasilprev

Tudo sobre previdência privada e mercado financeiro, para quem já investe ou deseja começar!

banner

Copom mantem taxa Selic em 13,75%; o que isso significa?

Taxa básica de juros se mantem no mesmo patamar pela segunda reunião seguida e reforça que o discurso de que o ciclo de altas terminou.

Copom manteve a Taxa Selic em 13,75%

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu nesta quarta-feira (26) manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. A decisão já era esperada pelo mercado e reforça o discurso de que a alta dos juros no Brasil chegou ao seu pico. A manutenção da taxa no mesmo patamar repete a decisão da última reunião, realizada em setembro, que encerrou uma sequência de 12 altas consecutivas, iniciada em março de 2021. Neste período, a Selic subiu 11,75 pontos percentuais, maior ciclo de alta dos últimos 13 anos.

Veja também
Taxa Selic e rendimentos de aplicações — qual é a relação?
Saiba como a taxa Selic afeta a economia
Como a Selic afeta a Previdência Privada? Entenda o funcionamento dessa taxa!

Esta “estabilidade” na Selic acontece após três meses consecutivos de deflação (queda no preço médio de produtos e serviços), influenciada pela redução nos preços dos combustíveis e pelo corte de impostos para diversos setores.  Mais do que a desaceleração da inflação nos últimos meses, a decisão reflete o cenário projetado pelo Banco Central para o futuro.

“O Banco Central do Brasil e outros bancos centrais em geral olham muito mais o cenário futuro que o retrospectivo. Neste sentido, as projeções do mercado mostram uma expectativa de queda na inflação para 2023 e uma leve alta em 2024, o que parece já ter sido mapeado pelo Banco Central”, destaca Robson Pereira, economista chefe da Brasilprev.

Quando a Selic deve cair?

As projeções do mercado indicam que a Selic iniciará um ciclo de queda a partir de julho de 2023. Na visão da Brasilprev, este movimento deve começar já em maio. “Quem espera essa mudança mais tarde acredita que os riscos à inflação se manterão por mais tempo do que imaginamos”, reforça o economista.

Este é justamente o motivo que deve manter a taxa elevada nos próximos meses. “O Copom já anunciou que Selic ficará neste nível por um período que classificou como ‘suficientemente prolongado’. Não se espera que esse plano de voo mude tão cedo. Além disso, ainda há riscos, pois a inflação é um tema global no momento”, finaliza Robson.

Como a Selic afeta meus investimentos?

Como falado, a decisão do Banco Central reforça que os juros chegaram em um pico (13,75% ao ano). Neste cenário, quem apostou na renda fixa até agora pode começar a avaliar outras oportunidades de investimento para diversificar o seu saldo e ter mais chances de rentabilidade quando este movimento de queda começar.

Daqui para frente, o que se espera é uma queda na taxa de juros, ainda que ela demore alguns meses para ocorrer. Este é o momento ideal para diversificar os investimentos. Uma boa opção são os investimentos em ativos prefixados, ou seja, com taxas que não se alteram em caso de queda da taxa de juros.

Com a queda nos juros, os fundos com aplicações em ativos indexados à inflação devem se beneficiar, principalmente no longo prazo. Se você possui na sua carteira fundos desta natureza, mesmo que esteja passando por uma maior instabilidade nestes últimos meses, não é o momento de sair desta posição, o movimento de volta começará em breve.

Este conteúdo foi útil?

Gostou? Veja notícias similares

Whatsapp - Brasilprev