Copom mantém Selic em 13,75% pela quinta vez
Mudanças no cenário internacional já ampliam as discussões sobre queda da taxa

Pela quinta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, em 13,75% ao ano, mesmo patamar desde agosto de 2022. O anúncio, realizado após a reunião desta quarta-feira (22), já era esperado pelo mercado e vem em um momento em que crescem as discussões sobre o início do ciclo de queda da taxa.
“O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui os anos de 2023 e, em grau maior, de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, destaca a nota divulgada pelo Banco Central.
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A Selic serve de referência para os juros das operações de crédito, como empréstimos e financiamentos. Quando a Selic sobe, a intenção é desestimular o consumo para tentar controlar a inflação. A decisão sobre a taxa ocorre nas reuniões do Copom, realizadas a cada 45 dias.
Mais que o anúncio, as expectativas do mercado estão voltadas para a ata da reunião, que será divulgada na próxima terça-feira (28), e para o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), documento do BC que apresenta uma discussão mais detalhada, com cenários alternativos adotados pela instituição, que sairá na quinta (30).
“Esse conjunto de divulgações da próxima semana é o mais importante para medir as reações do mercado e saber se haverá alguma sinalização sobre as próximas decisões de juros”, afirma Robson Pereira, economista chefe da Brasilprev.
Queda dos juros
O cenário internacional e o avanço do governo na elaboração de uma política fiscal para controlar as contas públicas abrem margem para ampliar a discussão sobre a redução da Selic. A expectativa de parte do mercado é de que haja espaço para iniciar o ciclo de queda já no fim do primeiro semestre.
“Na parte fiscal, o BC reconhece que existe um avanço na discussão. No cenário internacional o risco é muito maior hoje, com a guerra na Ucrânia e a crise nos bancos (SVC e Credit Susisse). Então estão aumentando as chances de a gente ter uma redução de juros antes do previsto inicialmente, por razões técnicas”, completa Robson.
Histórico da Selic
Entre março de 2021 e agosto de 2022 a Selic acumulou uma série de 12 altas consecutivas, saindo de 2% para 13,75%, um total de 11,75 pontos percentuais. Este foi o maior ciclo de alta para a taxa em 13 anos, refletindo os impactos da inflação após a pandemia de Covid-19. O valor atual é o mais elevado para Selic desde novembro de 2016, quando a taxa chegou a 14%.

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