Copom mantém taxa Selic em 13,75%; mercado prevê corte na próxima reunião
Taxa completará um ano no mesmo patamar e deve fechar 2023 em 12,25%

Pela sétima vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manteve a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, em 13,75% ao ano, mesmo patamar desde agosto de 2022. O anúncio, realizado após a reunião desta quarta-feira (21), já era esperado pelo mercado.
A expectativa agora é para um corte da taxa a partir da próxima reunião, prevista para agosto, quando a Selic recuaria para 13,50%. A previsão anterior era de que esta redução iniciasse apenas na reunião de setembro.
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A Selic serve de referência para os juros das operações de crédito, como empréstimos e financiamentos. Quando a taxa sobe, a intenção é desestimular o consumo para tentar controlar a inflação. Muitos investimentos, principalmente de renda fixa também contam com sua rentabilidade baseada na Selic. A decisão sobre a taxa ocorre nas reuniões do Copom, realizadas a cada 45 dias.
Condições favoráveis para a redução da Selic
A decisão acontece em um cenário que se mostra cada vez mais favorável para o início de um ciclo de redução dos juros. Nas últimas, o mercado vem reduzindo suas projeções de inflação para 2023, 2024, 2025 e 2026, de acordo com o Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. No boletim desta semana, os analistas consultados pela instituição também reduziram sua previsão para a taxa ao fim deste ano, de 12,50% para 12,25%.
Comunicado do Copom
Em seu comunicado, o Copom destacou o cenário adverso no exterior, mesmo após passadas as crises bancárias nos Estados Unidos e na Europa. No ambiente doméstico, o texto ressalta o desempenho da economia no primeiro trimestre e os índices de inflação abaixo do esperado nos últimos meses, atentando para uma alta da inflação acumulada em 12 meses no segundo semestre. O Comitê destacou que é necessário ter “paciência” e que a redução da taxa depende não só dos resultados da inflação, mas da consolidação das expectativas.
“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia. O Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação. O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, destaca o comunicado.
Histórico
Entre março de 2021 e agosto de 2022 a taxa básica de juros acumulou uma série de 12 altas consecutivas, saindo de 2% para 13,75%, um total de 11,75 pontos percentuais. Este foi o maior ciclo de alta para a taxa em 13 anos, refletindo os impactos da inflação após a pandemia de Covid-19. O valor atual é o mais elevado para Selic desde novembro de 2016, quando a taxa chegou a 14%.

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