Como lidar com a frustração financeira?
Veja, no artigo, como você pode lidar melhor com a frustração financeira e tornar esse sentimento em uma oportunidade de crescimento.
Qual é o seu sentimento quando abre a sua conta do banco ou vai dar uma olhada nos rendimentos das suas aplicações? Poderíamos apostar que você é tomado pela frustração financeira e a sensação de que poderia ter feito mais, não é mesmo?
Essa é uma emoção muito comum nestes momentos, mas que, apesar disso, pode te atrapalhar de alcançar o seu sucesso econômico.
Entenda mais sobre o assunto neste artigo!
O que é frustração e por que ficamos frustrados?
Antes de mais nada, é importante entendermos o que é esse sentimento que nos toma nessas situações de decepção.
A frustração é a sensação de desânimo e falha quando não conseguimos alcançar algo que queríamos e tentamos muito. Ou seja, quando as coisas saem do nosso controle e acontecem fora do “roteiro” planejado, sentimos que fracassamos de alguma forma, podendo culpar a nós mesmos ou a terceiros por isso.
E, depois dessa definição, precisamos concordar que dinheiro é um dos principais assuntos que geram essa sensação, não é?
O que é a frustração financeira e porque ela acontece?
Desde crianças, somos ensinados a almejar o sucesso financeiro, que significa ter dinheiro “sobrando”. Por isso, crescemos acreditando que, com esforço, podemos chegar lá. Porém, ao alcançar a idade adulta, vemos que não é tão simples assim.
A frustração financeira nasce dessa sensação de que você poderia ter feito mais: estudado mais, economizado mais, trabalhado mais, gastado menos, investido melhor…E se sentir assim é muito ruim, não é?
Porém, a decepção é um fator muito importante no processo de aprendizado e, portanto, pode gerar boas reflexões sobre a saúde da sua vida financeira, fazendo você pensar em boas formas de otimizar os seus ganhos.
Mas, para isso, primeiro, você vai precisar fugir das reações que são mais comuns à frustração financeira.
Como reagir à frustração financeira?
De modo geral, a decepção gera algumas reações comuns que são replicadas em situações de frustração financeira.
As principais — e que você provavelmente já se pegou fazendo — são:
- falta de confiança: nesse caso, você passa a sentir que não tem competência ou capacidade para realizar determinada tarefa, como se organizar financeiramente ou realizar investimentos;
- vontade de desistir: por conta da confiança abalada, você começa a pensar que nem vale a pena continuar tentando, então deixa de fazer aplicações e para de controlar os seus gastos;
- compulsões: por fim, adota-se uma atitude compensatória a fim de se livrar da frustração. Então, você acaba entrando em um ciclo sem fim de se sentir mal e fazer algo que seja uma válvula de escape — que normalmente é comprar.
E muito disso acontece por conta da forma como tomamos decisões financeiras, que, diferente do que se possa imaginar, não é totalmente racional.
Como tomamos decisões financeiras?
Segundo a Teoria Econômica Tradicional, as pessoas tendem a agir buscando sempre maximizar o seu bem-estar – ou, como eles diziam, a sua “utilidade”. Isso significaria que, antes de fazer escolhas, todas as informações disponíveis sobre ela seriam processadas racionalmente.
Porém, a Teoria das Finanças Comportamentais desbancou essa crença, mostrando que, ao tomar decisões, somos fortemente influenciados pelas nossas emoções e preferências, mesmo quando temos acesso a todas as informações disponíveis sobre determinado assunto. Estamos sujeitos a todo o tipo de viés na hora de fazer escolhas.
Graças a esse comportamento, nem sempre somos capazes de avaliar todas as alternativas da melhor forma. Isso significa que, apesar da nossa capacidade de tomar boas decisões, elas nunca serão as mais extraordinárias, nem perfeitas.
Em outras palavras, nossas melhores escolhas, no final das contas, serão boas, não ótimas, mas, mesmo assim, satisfatórias.
Entender tudo isso traz um alívio enorme, pois não precisamos mais sentir culpa se a escolha que fizemos não foi a melhor entre todas as possibilidades. Ganhamos espaço para errar, aprender e fazer melhor da próxima vez.
E essa é a chave para lidar com a frustração financeira.
Como lidar com a frustração financeira?
Ao longo desse artigo, você viu que sentir frustração financeira é muito comum, mas que existem formas boas e ruins de lidar com isso. Já falamos sobre as opções prejudiciais — porém mais fáceis e “naturais” —, mas ainda precisamos conversar sobre como você pode combater esse sentimento.
1. Entenda o seu padrão de comportamento
Antes de qualquer coisa, você precisa ter a exata noção de como é a sua reação nos casos em que se sente frustrado. Vimos que é comum adotar atitudes compensatórias, por exemplo. Se você faz isso, é importante entender quando isso acontece, porque e como.
Pode ser que você gaste mais nesse momento, o que é uma reação muito comum. Então, entendendo isso, você consegue se controlar melhor e arranjar outras válvulas de escape para as decepções do dia a dia.
Fazer esportes e começar um novo hobbie são excelentes ideias para despressurizar.
2. Tenha controle sobre as suas finanças
Tudo o que entra e sai do seu bolso precisa estar mapeado. Somente assim você terá a real noção de como está a sua situação financeira pessoal atual. Isso é interessante porque você pode ter algumas percepções ao fazer isso. Por exemplo, pode notar que:
- está gastando muito dinheiro com supérfluos;
- poderia estar juntando mais se estivesse economizando em outras coisas;
- dá para você fazer aquele curso que precisa para a sua promoção no trabalho;
- precisa fazer uma hora extra para pagar as contas do mês;
- entre outras coisas.
É a partir desse controle que você vai conseguir tomar decisões mais racionais a partir das suas possibilidades reais, planejando seu consumo e estabelecendo metas e prazos.
Você verá que, pode até não realizar tudo para ontem, mas com planejamento a longo prazo, é possível tirar os seus sonhos do papel. Ter um plano, e não apenas um desejo, é o caminho mais curto para fugir da frustração financeira.
3. Faça investimentos de acordo com o seu perfil
Existem diversos tipos de investimentos e, de acordo com as características de risco, rentabilidade e liquidez, eles são mais ou menos indicados para cada perfil de investidor.
Sendo assim, é óbvio que, se você é mais arrojado e quer resultados mais rápidos, vai se frustrar com aquelas aplicações que rendem melhor a longo prazo e vice-versa. Por isso, sua carteira de investimentos precisa ser personalizada e também diversificada para atender a todos os seus objetivos.
Muitas vezes, por não sabermos o que fazer com essa sensação de insatisfação na busca por potencializar nossos ganhos, acabamos pulando de galho em galho, deixando um produto e adquirindo outro o tempo todo. Nessa euforia, esquecemos que podemos ter prejuízos com movimentações precipitadas e resgate antecipado.
Por isso, aprender mais sobre o impacto das emoções e das armadilhas cognitivas nas suas escolhas é a melhor maneira de aprimorar suas escolhas econômicas e lidar com a frustração financeira.
Por isso, continue se informando sobre o assunto neste artigo que fala tudo sobre como tomamos decisões de investimento.
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