Volatilidade de ativos — O que é e como influencia os investimentos?
Antes de fazer investimentos, você precisa entender o que é volatilidade de ativos e quais riscos ela representa para a sua estratégia. Entenda melhor a seguir!
Certamente você já ouviu aquela recomendação de “comprar na baixa e vender na alta”, correto? Ela é muito importante no contexto do investidor porque se refere à volatilidade de ativos e as oscilações da sua valorização.
Quer entender mais sobre isso? Então leia o artigo e fique por dentro de tudo o que precisa saber sobre o assunto!
O que é volatilidade de ativos?
Volatilidade de ativos é, basicamente, um sinônimo para oscilação. Sendo assim, esse fator se refere à intensidade e à frequência das mudanças de preços dos produtos financeiros. Essa variação de valor ao longo do tempo ajuda o investidor a entender quais são os riscos envolvidos na aquisição de uma determinada cota.
Mas por quê?
Para entender melhor, vale a pena relembrar como funciona o mercado financeiro.
Ele trabalha mais ou menos do mesmo jeito que uma loja comum. Então, por exemplo, se o valor de um produto está baixo, o seu poder de compra é maior e esse é um bom momento para adquiri-lo. Agora, caso você tenha um produto — imagine um carro — que valorizou muito nos últimos anos, se você vendê-lo agora vai receber mais do que pagou.
Por este motivo é importante observar a volatilidade de ativos: porque a baixa dos preços é um bom momento para comprar e, ao contrário, na alta, é uma boa oportunidade para vender e lucrar em cima disso.
Só que é preciso muita atenção ao lidar com esse conceito. A volatilidade de ativos é uma estimativa. Para guiar os seus investimentos, ela deve ser analisada em conjunto com outros indicadores de mercado.
Você vai entender o porquê quando ver como ela é calculada.
Como medir a volatilidade de ativos?
A volatilidade de ativos é calculada em três fases diferentes que são interdependentes entre si.
A primeira delas é a média de variação — e a mais simples. Nessa etapa, você vai determinar qual será o seu período de análise (por exemplo: 12 meses). Depois, vai somar as variações mês a mês e dividir pela quantidade de meses.
Em seguida, é hora de calcular a variância amostral, que vai te ajudar a encontrar a flutuação normal do ativo. Para isso, você deve:
- calcular a diferença entre a variação de cada mês considerado e a variação média (encontrada na primeira etapa);
- elevar o resultado de cada uma dessas contas ao quadrado;
- somar todos os resultados obtidos no passo anterior (2);
- dividir o valor total encontrado no passo 3 pelo número de períodos menos 1 (por exemplo: 12 meses – 1 = 11 meses).
Por fim, é hora de descobrir o desvio padrão do seu ativo. Nessa etapa, você precisa encontrar a raiz quadrada do valor da variância amostral. Assim que tiver esse resultado, faça duas contas:
- some este resultado da raiz à variação média;
- subtraia este resultado da raiz da variação média.
Agora, você vai ter dois valores. Isso significa que o valor do ativo varia entre esses números.
Ou seja, o cálculo leva em consideração a volatilidade histórica para chegar à implícita — que nem sempre é a real.
Ficou confuso de novo? Então segue uma explicação sobre a diferença entre os tipos de volatilidade.
Tipos de volatilidade de ativos
Existem 4 tipos de volatilidade de ativos. É importante entender quais são eles e o que significa cada um para não se enganar achando que uma estimativa é uma certeza.
- Histórica: avalia o comportamento de um ativo durante um determinado período de tempo no passado;
- Implícita: é uma previsão, uma estimativa, das variações de preço dos ativos no futuro;
- Real: é a variação do ativo no momento presente. Entretanto, assim que ela for reconhecida, torna-se histórica;
- Cambial: está relacionada às variações decorrentes da taxa de câmbio, determinada pelas mudanças no preço do dólar.
Até aqui, com certeza já ficou claro para você que o índice de volatilidade é importante na escolha de um investimento, mas deve ser analisado com muita cautela, não é?
Mas como fazer essa análise com cuidado e de um jeito mais assertivo?
Entendendo a relação entre volatilidade e riscos.
Qual é a relação entre volatilidade de ativos e riscos?
A volatilidade e os riscos de investimento são aspectos que se influenciam diretamente. Isso porque os riscos estão ligados a todas as possibilidades de algo não sair do jeito que se espera, seja para o lado positivo ou negativo — como receber mais lucro do que contava ou tomar um prejuízo não calculado.
Entretanto, no mercado financeiro, através dos indicativos, é possível criar uma expectativa mais realista sobre as suas aplicações. Porém, no caso da volatilidade, quando um ativo tem uma oscilação muito grande, é mais difícil identificar um padrão, o que é mais arriscado.
Mas isso significa que um ativo menos volátil é melhor? Nem sempre!
O que é melhor: um investimento mais ou menos volátil?
A escolha entre um ativo mais volátil (e, portanto, mais arriscado) e um menos volátil (com menos riscos) vai depender da sua estratégia de investimento.
Por exemplo, produtos com maior volatilidade tendem a ter um aumento de valor muito rápido e em pouco tempo, o que é ótimo para investidores de curto e médio prazo. Mas também podem perder o valor na mesma velocidade, então nem sempre são boas opções para investidores com perfil mais conservador.
Enquanto isso, aqueles com menor volatilidade tendem a manter a mesma rentabilidade por um longo período. Isso é ótimo para investidores conservadores e uma boa estratégia para quem tem tempo.
Agora, para conciliar rentabilidade e segurança, a melhor indicação continua sendo a diversificação da sua carteira de investimentos com ativos de todos os tipos.
Ativos com maior volatilidade
Considerando a volatilidade dos ativos, é possível dizer que:
- aqueles de renda fixa são menos voláteis e, portanto, apresentam menos riscos. Entretanto, em contrapartida, são menos rentáveis;
- os de renda variável são mais voláteis. Eles dão mais possibilidades de lucro, mas são mais arriscados.
Como investir com segurança?
Depois de entender o que é volatilidade de ativos e como ela influencia no mercado, você pode estar se questionando como é possível acompanhar tudo isso e otimizar lucros, certo?
Contar com uma ajuda especializada é o mais recomendado para você neste caso, especialmente se estiver considerando investimentos de longo prazo, como uma previdência privada.
A Brasilprev, por exemplo, trabalha com uma carteira recomendada. Nossos especialistas enviam avaliações e sugestões de investimentos periodicamente considerando o seu perfil de investidor e objetivo. Assim você fica por dentro de todas as flutuações de mercado e não deixa de aproveitar nenhum movimento a seu favor.
Saiba mais sobre a Carteira Sugerida da Brasilprev.
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